Escolher tipos de piso para um apartamento pode ser uma tarefa bastante complexa mesmo para arquitetos e designers de interiores.
A variedade quase infinita de tipos de piso, acabamentos, cores e formatos pode dificultar qual material escolher, então é importante que a decisão do profissional esteja pautada em critérios que vão além da estética e do custo.
Listamos aqui algumas dicas valiosas na hora de como escolher piso para um apartamento.
Mas antes de começarmos, confira nosso post sobre como calcular metro quadrado para piso e livre-se dessa dor de cabeça.
9 tipos de piso indicados para projetos residenciais e comerciais
- cerâmica
- porcelanato
- cimento queimado
- ladrilho hidráulico
- mármore
- granito
- laminado de madeira
- assoalho de madeira
- piso vinílico
1- Cerâmica
Vamos começar a falar sobre os tipos de piso citando um dos mais utilizados: o cerâmico.
O material é produzido a partir da prensagem da argila úmida e peneirada. O piso cerâmico pode ser usado tanto em ambientes internos e externos.
Entre suas vantagens está a resistência à água e a manchas e a variedade de texturas e paginações.
Quer conhecer mais sobre o piso cerâmico? Confira: Como utilizar cerâmica para transformar ambientes? Descubra já!
2- Porcelanato
Quando falamos sobre tipos de piso, o porcelanato é um dos queridinhos dos clientes! E eles têm razão, afinal, o material é de alta qualidade e deixa qualquer projeto muito mais elegante.
Existem vários tipos de porcelanato, e a diferença entre eles é basicamente a intensidade do brilho e a presença de texturas.
Um das opções mais interessantes para todos os ambientes é o porcelanato acetinado. Confira o que já falamos sobre ele no blog: Porcelanato acetinado – entenda porque é perfeito para cozinhas e banheiros!
Veja também: Como escolher porcelanato para cozinha? Veja o passo a passo completo!
3- Cimento Queimado
O piso de cimento queimado é aquele que tem aparência de inacabado, ideal para ambientes com o estilo rústico ou industrial.
Ele é feito com uma base de cimento, areia e água e finalizado com pó de cimento.
Porém existem diversos produtos no mercado que foram desenvolvidos para dar o efeito de cimento queimado ao piso.
Uma das vantagens desse tipo de piso é a facilidade na aplicação e o baixo custo para a obra. Porém, ele não é indicado para ambientes úmidos, como o banheiro.
Veja também: Aprenda a escolher a soleira ideal e crie um piso sem erros
4 – Ladrilho Hidráulico
O cliente gosta de tipos de piso com variação de estampas e feitos de forma artesanal? Então o Ladrilho Hidráulico é uma opção interessante para o projeto.
O material, feito com uma combinação de pó de mármore, cimento e corantes, deixa qualquer ambiente com mais personalidade.
Devido ao processo de fabricação, seu custo costuma ser mais alto. Porém existem cerâmicas e porcelanato que imita a aparência do ladrilho hidráulico.
5- Mármore
Tipos de piso frios são interessantes para regiões mais quentes, e o mármore é um das opções nesses casos.
Mas se o cliente mora em um local mais frio, uma alternativa é usar sistemas de aquecimento de piso ou tapetes.
O revestimento natural é constituído de calcita, um dos componentes do calcário. Extremamente luxuoso, o piso de mármore traz aspecto de limpeza e tranquilidade.
Entre as suas desvantagens, está a baixa resistência a impactos e soluções ácidas.
6- Granito
Assim como o mármore, o granito é um revestimento que traz imponência e luxuosidade para os ambientes.
Mas ele apresenta uma vantagem: entre os dois tipos de piso, o granito é o mais barato.
Outros benefícios dessa pedra natural é a facilidade de limpeza e a resistência, o que possibilita que ele seja aplicado em locais com maior fluxo.
7 – Laminado de madeira
Revestimentos de madeira também aparecem entre os tipos de piso mais pedidos pelos clientes.
Como a madeira natural tem um custo alto, uma alternativa interessante é o piso laminado de madeira.
O revestimento, feito HDF (painel de madeira de alta densidade), deixa o ambiente aconchegante e tem fácil instalação.
Esse é um dos tipos de piso que não se dão muito bem com a umidade. Por isso, não é recomendado para o uso em áreas molhadas (banheiro ou cozinha).
8 – Assoalho de Madeira
Esse é um dos tipos de piso mais caros do mercado, pois geralmente são feitos com madeira de lei.
O assoalho de madeira traz luxuosidade e conforto para os ambientes, além de combinar com vários estilos de decoração.
9 – Piso Vinílico
O piso vinílico é muito semelhante ao piso laminado e, muitas vezes, os dois são confundidos. A diferença é que ele é produzido a partir de PVC.
Outra diferença entre os tipos de piso é que o vinílico necessita de uma superfície nivelada para a instalação.
Já o laminado pode ser aplicado em qualquer lugar, desde que o contrapiso conte com, no máximo, 3 mm de saliências em uma extensão de até 1 m.
Entre as vantagens do piso vinílico está o conforto térmico, acústico e a resistência a manchas.
Como escolher piso? Confira 11 dicas para acertar na escolha do piso ideal para seu projeto
1 – Avaliar o ambiente
Primeiramente deve ser avaliada a finalidade do local onde será instalado o piso.
Ambientes residenciais costumam ter maior variedade de tipos de piso, já que detêm menos tráfego e menores cargas do que ambientes comerciais, possibilitando uma grande diversidade de pisos.
Além do uso, outra questão a se avaliar para uma correta especificação de tipos de piso é se o ambiente é interno ou externo.
Ambientes internos devem ter especificações diferentes de ambientes externos devido a questões relacionadas com resistência à umidade, capacidade anti-derrapante e outros.
Ambientes internos também necessitam de tipos de piso com características diversas dependendo do seu uso.
Devido à grande incidência de água nesses ambientes, banheiros, cozinhas e áreas de serviço devem ter pisos com características semelhantes aos pisos para área externa, garantindo a durabilidade do material e a segurança.
Assim, avaliar as características de uso do ambiente é o primeiro passo para que se possa decidir qual piso escolher.
2 – Checar a porosidade e resistência do piso
A porosidade do piso é uma característica que está diretamente relacionada à sua resistência.
A porosidade diz respeito à capacidade de absorção de água do material.
Materiais cerâmicos porosos, por exemplo, apresentam nível de absorção de água maior que 10%, enquanto materiais do tipo grês absorvem de 0,5 a 3%.
A permeabilidade de um piso interfere em outras propriedades do material, como sua resistência às cargas e ao desgaste.
Dessa forma, quanto mais impermeável, mais resistente é o revestimento.
Outra característica fundamental para a escolha de um revestimento de piso é a resistência à abrasão, ou seja, o desgaste que o material suporta diante do tráfego de pessoas e do contato com objetos.
O índice de resistência dos materiais geralmente é fornecido pelos fabricantes dos tipos de piso.
Se você optar por um piso cerâmico ou porcelanato, por exemplo, pode verificar o índice PEI (Porcelain Enamel Institute) do material, escala adotada pela indústria que varia de 0 a 5, sendo 5 o nível mais resistente.
Pisos externos, por exemplo, exigem PEI mais elevado.
Para pisos laminados de madeira, a resistência ao desgaste é dada por uma tabela que apresenta os índices AC2 a AC5, sendo o AC2 o menos resistente e o AC5 o mais resistente.
3 – Temperatura do piso
A temperatura do piso está relacionada com a sensação do toque.
Pisos frios
Os pisos frios conferem sensação de frescor e transmitem a sensação de diminuir a temperatura do ambiente.
Entre os tipos de piso que se enquadram nessa categoria estão a cerâmica, porcelanato, cimento queimado, ladrilho hidráulico, mármore, granito e superfícies resinadas.
Apesar das semelhanças, também existem muitas diferenças entre porcelanato e cerâmica. Saiba quais são em nosso post.
Já os tipos de piso quentes possuem temperatura mais constante e permitem pouca passagem de calor, já que o mesmo fica retido na superfície, o que permite um equilíbrio maior entre a temperatura da pele e do material.
Pisos quentes
Entre os pisos quentes estão os laminados e assoalhos de madeira, pisos vinílicos, de bambu, entre outros.
Os pisos quentes são bastante utilizados por conferirem mais aconchego aos ambientes, já que transmitem sensação de bem-estar.
Esses tipos de piso são muito recomendados para ambientes que pedem mais comodidade e conforto, como quartos e salas.
Os pisos frios, devido à durabilidade e praticidade, são utilizados principalmente em ambientes externos e em áreas mais úmidas, que tem contato mais recorrente com a água, como cozinhas e banheiros.
No entanto, são pisos muito utilizados também em áreas comuns da casa, como salas, halls e quartos, principalmente pela variação de acabamentos disponíveis no mercado.
4 – Limpeza e manutenção
Limpeza e manutenção também são itens determinantes na escolha do piso de um apartamento.
Cada material tem a sua especificidade, e é importante que os cuidados de limpeza e manutenção estejam de acordo com a rotina e possibilidades do cliente.
Geralmente os pisos quentes demandam um pouco mais de cuidado em sua conservação.
Para os laminados e vinílicos é recomendável utilizar na limpeza um aspirador de pó e um pano úmido torcido, com algum produto próprio para a limpeza desse tipo de piso.
Para os demais pisos quentes, recomenda-se não utilizar materiais cortantes ou abrasivos como cera, enceradeiras elétricas, esponja de aço ou lixa.
Os pisos frios, como porcelanatos e pisos cerâmicos podem ser lavados com água em abundância, o que muitas vezes é visto como uma vantagem desse tipo de revestimento, principalmente para áreas que têm muito uso.
A frequência de limpeza também deve ser avaliada para que não entre em conflito com o estilo de vida do morador.
Pisos claros “revelam” mais facilmente a sujeira, por isso demandam mais cuidado na limpeza.
5 – Capacidade Antiderrapante
Outra característica a ser avaliada na escolha do piso é a resistência a derrapagens oferecida pelo material.
Pisos em declive ou em áreas sujeitas à água ou gorduras, como banheiros, piscinas e cozinhas, devem ser especificados com o maior cuidado possível visando a segurança dos usuários.
O índice que mede a capacidade antiderrapante de um piso é denominado coeficiente de atrito.
Quanto maior o coeficiente de atrito, mais áspera será a superfície, e maior a sua capacidade antiderrapante. Ao mesmo tempo, mais difícil será a limpeza desse material.
Portanto, recomenda-se a utilização de peças com coeficiente de atrito próximo ao limite estabelecido em norma:
- menor ou igual a 0,4 para instalações comuns;
- entre 0,4 e 0,7 em áreas onde se requer resistência a derrapagens;
- em locais com alto risco por serem escorregadios, como rampas, banheiros e áreas externas, coeficiente maior ou igual a 0,7.
6 – Instalação
A instalação do piso varia conforme o tipo de material escolhido, e pode ser também um fator determinante na escolha.
Alguns modelos de piso permitem a instalação pelo próprio morador, é o caso dos vinílicos auto-adesivos, facilmente aplicáveis sobre o piso existente (desde que a superfície esteja totalmente nivelada).
Outros pisos demandam mão de obra especializada e podem levar mais tempo na instalação, principalmente aqueles que exigem assentamento sobre contrapiso, como porcelanatos, cerâmicas, granitos e outros.
Em termos de instalação, levam vantagem os pisos laminados e o vinílico por apresentarem instalação muito limpa e rápida, por sistemas de encaixe, das placas, cola ou adesivo.
Também é importante considerar que o tipo de instalação influenciará diretamente no preço final do produto, portanto além de mensurar o custo do material, a mão-de-obra da instalação também deve ser contabilizada.
Confira também 5 dicas de aplicações criativas de revestimento que você nunca imaginou!
7 – Pisos naturais: granito ou mármore?
Materiais naturais, como granitos e mármores, têm como principal vantagem o apelo estético do projeto, já que em sua maioria são considerados tipos de piso mais nobres do que os materiais sintéticos.
Porém, o custo desses revestimentos costuma ser maior, assim como a mão de obra de instalação também é mais onerosa.
O granito, bastante conhecido e muito utilizado em pisos de cozinhas e banheiros, é um material natural que se destaca pela resistência e durabilidade.
Além disso, apresenta facilidade de limpeza, já que pode ser higienizado com água e produtos específicos, sem muito trabalho.
Existem no mercado brasileiro vários tipos de granito de diferentes cores e desenhos, sendo característica do material uma superfície bastante granulada e irregular.
Já o mármore é um tipo de piso mais sofisticado, utilizado principalmente para proporcionar requinte e elegância ao ambiente.
Apesar de mais nobre, o mármore é um material mais poroso que o granito, por isso também menos resistente.
O uso do mármore em piso é recomendado em áreas de menor incidência de água, pois por se tratar de um material poroso, mancha com facilidade.
8 – Pisos para pet
A presença de um animal de estimação pode interferir na escolha do piso de um apartamento, visando a durabilidade do produto e a qualidade de vida do pet.
Os pisos lisos são os menos indicados para a situação, pois exigem maior esforço físico do animal para se deslocar (as unhas e garras dos animais não são porosas).
Assim, superfícies polidas como mármores e outras pedras naturais, ou mesmo porcelanatos polidos, devem ser evitados.
Pisos de madeira, por exemplo, apresentam superfície menos rígida para o andar e deitar de cães e gatos.
No entanto, determinados tipos de madeira poderão facilmente apresentar riscos ocasionados pelas unhas do animal.
Em ambientes com grande número de animais, como clínicas veterinárias e canis, o piso de madeira deve ser evitado pois o material pode acumular pragas, como pulgas e carrapatos, com mais facilidade.
Outra questão muito importante é a facilidade de limpeza do material e a resistência à manchas, visto que o produto terá contato constante com urina e dejetos.
Um piso bastante indicado para os donos de pet é o piso vinílico, material resistente a arranhões, antiderrapante e que oferece conforto.
Além disso, é muito prático na limpeza e manutenção.
9 – Saiba qual o melhor piso para apartamento pequeno
No caso de apartamentos pequenos, pode-se buscar uma solução de piso que proporcione a sensação de amplitude ao espaço.
Nesse sentido, uma boa estratégia é utilizar o mesmo piso em todos os ambientes, integrando os espaços sem demarcar cada cômodo.
Outro recurso é utilizar um piso em tom claro, que também proporcionará o efeito de amplitude.
Porcelanatos e pisos vinílicos são grandes aliados em apartamentos pequenos, pois podem ser utilizados também em áreas como cozinha, banheiro e área de serviço.
No caso do piso vinílico, a absorção de som é maior, evitando perturbações com ruído.
Além disso, é um material mais térmico que o porcelanato, oferecendo um ambiente com clima agradável em todas as estações do ano.
10 – Pisos para apartamento alugados
Nem sempre é possível trocar o piso de imóveis alugados pois muitos proprietários impossibilitam reformas e mudanças em seu aspecto original.
Nesses casos, se o revestimento existente não é adequado ou não agrada esteticamente aos inquilinos, pode-se recorrer a soluções alternativas, como instalar pisos elevados ou elementos removíveis que não desconfigurem a situação existente.
Além do piso vinílico, que pode ser aplicado por cima dos pisos já existentes sem necessidade de quebra-quebra, podem ser utilizados deques de madeira, placas laminadas e outros materiais fáceis de colocar e retirar.
Dessa forma consegue-se expressar a identidade do morador sem prejudicar o proprietário do apartamento.
11 – Piso que não faz barulho
Uma grande preocupação de quem mora em apartamento é a questão do barulho.
Todos querem ter liberdade dentro de casa, sem receber reclamações dos vizinhos por andarem de sapatos ou mesmo porque a criança está brincando, portanto escolher um piso que não faz barulho é fundamental.
A escolha adequada do piso pode favorecer essa situação.
Os materiais de piso apresentam características diferenciadas em relação à propagação do som.
Quanto menor for o contato do piso com o contrapiso, menor será o ruído transmitido. Por isso, tipos de piso suspensos são considerados os mais silenciosos.
Nesse caso, os pisos vinílicos, por serem macios, apresentam melhor isolamento acústico e amenizam os ruídos, bem como os pisos laminados, que possuem mantas acústicas que isolam o contrapiso e o barulho.
Como escolher um piso de boa qualidade?
Existem alguns fatores que devem ser observados para identificar se o piso é de boa qualidade. Um dos principais é a marca, pois saber a procedência do material indica quais são as suas propriedades. Outro ponto importante é verificar se a peça é resistente a impactos, lascamentos e manchas. A uniformidade no tamanho do piso também indica se o piso é de boa qualidade.
Agora que você já sabe qual piso utilizar em cada área do seu projeto, que tal aprender como divulgá-lo melhor?
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[disclaim] Este post foi escrito pela Duratex, a maior produtora de painéis de madeira industrializada do Hemisfério Sul. [/disclaim]
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